01/07/2015

O que falamos!

  Nesta sociedade que vivemos, as palavras já se tornaram banalizadas, e uma delas é a palavra Exclusão! Porém, quando mencionamos algo, precisamos compreender, saber sua origem e o que significa de fato. Exclusão vem do latim exclusĭo, que significa: excluir, deixar de lado, descartar, afastar- se, ignorar alguém, ou à pessoa, nós,  e no texto de Genesis Cap. 1- 26, nos fala, que Deus criou a pessoa a sua imagem e semelhança; logo, somos criaturas de Deus, devemos independente de nossas cores, jeito, poder aquisitivo, temos o direito de ser respeitado em nossa totalidade e cada vez mais, nos inserir, incluir no convívio social, porque somos criatura de Deus. 
  Não podemos ser mesquinhos e acharmos que o problema da exclusão é de hoje ou era da aquela época! Precisamos nos dar conta, que essa herança que recebemos, ainda permeia em nosso meio e que muitas vezes as pessoas injustiçadas sofrem caladamente. Por isso, precisamos ter um olhar amplo, além, por isso recordo o livro do Êxodo 22:22, 23) que fala dos órfãos, em Lc: 21 a viúva que depositou tudo o que tinha no cofre público e Mc:  5:25, que fala de uma mulher sem nome, sem definição de idade, uma mulher que marcada pelo sofrimento e desespero, uma mulher, que, a doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia. De fato, naquela época quem eram os excluíd@s: eram as mulheres, crianças e os idosos, eram eles que representavam apropriadamente os mais pobres e os injustiçados.
  
  E hoje, quem são os excluídos de nossa sociedade/igreja? Existe pessoas excluídas em nosso meio, quem são eles ou elas?
Não é por acaso que somos convidados pela igreja a refletir o tema da CF: Igreja e sociedade, precisamos dialogar, ter um olhar mais humano e lutar pela vida de nossos irmã@s, não podemos ser infantis e dizer que em nossa família, comunidade, município ou estado, não há exclusão e não podemos deixar de elencar e gritar quem são eles ou elas:
  AS MULHERES: Que sofre discriminação, violência e que a maioria delas são tratadas com um objeto, Mulheres essas que, são donas de casa, trabalhadoras, tem seu emprego, que discuti política, organiza e infelizmente na hora das decisões, são caladas, deixadas a margem da sociedade.
  As famílias atingidas pelas barragens, que foram enganadas e negados seus direitos, os sem-terra, devido a concentração em poucas mãos, o pobre padece e mendiga um pedacinho para sua sobrevivência! Os moradores de rua, diante desse clima nosso, será que eles queriam ficar dormindo nas calçadas e viadutos?  
  Os analfabetos, as pessoas simples, que não tirem oportunidade de se qualificar profissionalmente, que não tem um cargo superior, mas continua lutando para sua sobrevivência; como é nosso relacionamento, nossa acolhida, nosso respeito, será que tratamos, como tratamos e valorizamos, as vossas excelências?
E a nossa juventude/ adolescente, que hoje se discuti a redução da maioridade penal, porque não discutir políticas públicas, porque não gastar energias buscando alternativas, que as punições, as cadeias sejam para eles que são aliciadores de menores, que roubam o estado e que são cúmplice desse sistema. Nossa juventude esta desemprega, cheio de tatuagem, perchem, tem seu jeito, mas logo rotulamos, e fazemos várias interpretações deles. Criticamos dizemos que são baderneiros, irresponsável, aí me pergunto quantas vezes eu parei para conversar com eles, como eu acolho, que oportunidade proporcionamos, quais são as minhas lutas que eu faço a favor de nossa juventude?
Enfim, que pais é esse!  Que mundo eu estou vivendo e como eu estou construindo para que seja mais humano?
 O Papa Francisco, nos provoca a ser diferente, a dialogar, acolher e ser um a igreja em saída: que vá ao encontro das pessoas excluídas, marginalizadas, que estão à beira da sociedade. Sociedade essa que é a igreja e igreja que é sociedade, então somos responsáveis pela vida, como nos afirma o evangelho de Jo. 10-10 Eu vim para que todos tenham vida... É este  o projeto de Deus a “VIDA”, a  luta em defesa da vida.
  Que São Francisco e Santa Clara, nos ajude a ser construtores da paz, do amor e da luta pela vida.   Que continuemos na luta em  construção de uma sociedade mais justa e fraterna, que valorizemos todas as manifestações de vida e continuemos na luta por voz, vez, pois somos criaturas divinas e merecedor@s de viver na dignidade
Ir. Iandra J. Conrado


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