Nesta sociedade que vivemos, as
palavras já se tornaram banalizadas, e uma delas é a palavra Exclusão! Porém, quando
mencionamos algo, precisamos compreender, saber sua origem e o que significa de
fato. Exclusão vem do latim exclusĭo, que significa: excluir,
deixar de lado, descartar, afastar- se, ignorar alguém, ou à pessoa, nós, e no texto de Genesis Cap. 1- 26, nos fala,
que Deus criou a pessoa a sua imagem e semelhança; logo, somos criaturas de
Deus, devemos independente de nossas cores, jeito, poder aquisitivo, temos o
direito de ser respeitado em nossa totalidade e cada vez mais, nos inserir,
incluir no convívio social, porque somos criatura de Deus.
Não podemos ser mesquinhos e
acharmos que o problema da exclusão é de hoje ou era da aquela época! Precisamos
nos dar conta, que essa herança que recebemos, ainda permeia em nosso meio e
que muitas vezes as pessoas injustiçadas sofrem caladamente. Por isso, precisamos
ter um olhar amplo, além, por isso recordo o livro do Êxodo 22:22, 23) que fala
dos órfãos, em Lc: 21 a viúva que depositou tudo o que tinha no cofre público e
Mc: 5:25, que fala de uma mulher sem
nome, sem definição de idade, uma mulher que marcada pelo sofrimento e desespero,
uma mulher, que, a doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia. De fato,
naquela época quem eram os excluíd@s: eram as mulheres, crianças e os idosos,
eram eles que representavam apropriadamente os mais pobres e os injustiçados.
E hoje, quem são os excluídos de nossa sociedade/igreja? Existe pessoas excluídas em nosso meio, quem são eles ou elas?
Não é por acaso que somos
convidados pela igreja a refletir o tema da CF: Igreja e sociedade, precisamos
dialogar, ter um olhar mais humano e lutar pela vida de nossos irmã@s, não
podemos ser infantis e dizer que em nossa família, comunidade, município ou
estado, não há exclusão e não podemos deixar de elencar e gritar quem são eles
ou elas:
AS MULHERES: Que sofre discriminação,
violência e que a maioria delas são tratadas com um objeto, Mulheres essas que,
são donas de casa, trabalhadoras, tem seu emprego, que discuti política,
organiza e infelizmente na hora das decisões, são caladas, deixadas a margem da
sociedade.
As famílias atingidas pelas barragens, que foram enganadas e negados
seus direitos, os sem-terra, devido
a concentração em poucas mãos, o pobre padece e mendiga um pedacinho para sua
sobrevivência! Os moradores de rua, diante
desse clima nosso, será que eles queriam ficar dormindo nas calçadas e
viadutos?
Os analfabetos, as pessoas simples, que não tirem oportunidade de
se qualificar profissionalmente, que não tem um cargo superior, mas continua lutando
para sua sobrevivência; como é nosso relacionamento, nossa acolhida, nosso
respeito, será que tratamos, como tratamos e valorizamos, as vossas excelências?
E a nossa juventude/ adolescente,
que hoje se discuti a redução da maioridade penal, porque não discutir políticas
públicas, porque não gastar energias buscando alternativas, que as punições, as
cadeias sejam para eles que são aliciadores de menores, que roubam o estado e
que são cúmplice desse sistema. Nossa juventude esta desemprega, cheio de
tatuagem, perchem, tem seu jeito, mas logo rotulamos, e fazemos várias
interpretações deles. Criticamos dizemos que são baderneiros, irresponsável, aí
me pergunto quantas vezes eu parei para conversar com eles, como eu acolho, que
oportunidade proporcionamos, quais são as minhas lutas que eu faço a favor de
nossa juventude?
Enfim, que pais é esse! Que mundo eu estou vivendo e como eu estou
construindo para que seja mais humano?
O Papa Francisco, nos provoca a
ser diferente, a dialogar, acolher e ser um a igreja em saída: que vá ao
encontro das pessoas excluídas, marginalizadas, que estão à beira da sociedade.
Sociedade essa que é a igreja e igreja que é sociedade, então somos
responsáveis pela vida, como nos afirma o evangelho de Jo. 10-10 Eu vim para
que todos tenham vida... É este o
projeto de Deus a “VIDA”, a luta em
defesa da vida.
Que São Francisco e Santa Clara,
nos ajude a ser construtores da paz, do amor e da luta pela vida. Que
continuemos na luta em construção de uma
sociedade mais justa e fraterna, que valorizemos todas as manifestações de vida
e continuemos na luta por voz, vez, pois somos criaturas divinas e merecedor@s
de viver na dignidade
Ir. Iandra J. Conrado
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