27/06/2020

“O CAMINHO É VOCÊ CAMINHANDO”




Hoje, dia 27 de junho, nós, Irmãs Franciscanas do Apostolado Paroquial, fazemos memória celebrativa dos 26 anos da Páscoa definitiva da nossa querida Irmã Jandira Bettoni.
Sabemos que és junto de Deus e dos Santos e Santas, nossa fiel intercessora.

Neste texto breve,trazemos retalhos da tua história que é
misturada com a história de tanta gente da região Serrana de Santa Catarina. Tua presença nos fortalece!
"SOMOS UMA PARTE DESTE IMENSA VIDA"

Na pequena Ibicaré, em Santa Catarina, no dia 26 de março de 1951, nascia Jandira Bettoni. Filha de agricultores, desde o berço aprendeu com a família a cultivar a fé em Jesus Cristo Libertador.

Já em 1964 ingressou na Congregação das Irmãs Franciscanas do Apostolado Paroquial. Nesta, fez seu processo formativo sempre atenta às interpelações da realidade.Logo cedo, se graduou em Pedagogia e se especializou em estudos bíblicos, Movimentos Sociais e outros.

Como Francisclariana viveu profundamente o testemunho da alegria, solidariedade, espiritualidade, esperança. Amou a Vida e primou pela ética do cuidado, com os seres da criação, e particularmente com as #Irmãs_Franciscanas_do_Apostolado_Paroquial assumindo serviços diversos, inclusive a Coordenação Geral, bem como com a Vida Religiosa Consagrada, onde foi Secretária Executiva da Conferência dos Religiosos e Religiosas do Brasil, em Santa Catarina (CRB/SC).

Com igual ternura,viveu sua consagração junto às pessoas
empobrecidas da região serrana, trabalhou e fez lindas experiências de aprendizados com lideranças dos Movimentos Sociais Populares (Direitos Humanos, Movimento de Mulheres Camponesas (#MMC), Movimentos dos Trabalhadores e TrabalhadorasRurais Sem Terra (#MST), Movimento dos Atingind@s por Barragens(#MAB), com a Comissão Pastoral da Terra (#CPT, entre outros...).

Na Diocese de Lages fez bonitas presenças atuantes na formação Bíblica, no Instituto de Teologia Pastoral (#ITEPAL), nas Comunidades Eclesiais de Base (#CEBs), Catequese, Movimentos Populares e outros.

Ir. Jandira alimentou o sonho de novas relações, foi uma Educadora Popular corajosa. Sempre acreditou no empoderamento das pessoas empobrecidas e na sua capacidade organizativa e de libertação. Seu compromisso foi firme e decidido na defesa da vida e dos direitos.

Madrugava em sua missão profética de denunciar as estruturas opressoras e excludentes, bem como em anunciar que caminhando junt@s se faz “um outro mundo é possível”.

Por ser tão presente e motivadora nas lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores e Trabalhadoras para terem terra, cuidar,cultivar e viver com dignidade, um dos assentamentos do MST, em Ponte Alta-SC, leva o seu nome. Que a tua força querida "Janda",nos sustente.

E assim, no dia 27 de junho de 1994, numa manhã coberta pela forte geada, foi colhida num acidente automobilístico e acolhida por Deus!

Querida Ir. "Janda", continue nos indicando os caminhos a seguir no hoje da história. Com você continuamos a sonhar e caminhar, pois acreditamos em sua presença de mulher Ressuscitada em nossa vida e missão.








Ir.JANDIRA
VIVE!



Ir. JANDIRA,
PRESENTE NA CAMINHADA






21/04/2020

Benção

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Prática das Primeiras Comunidades!

Leitura dos Atos dos Apóstolos (Até 4,32-37)
A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma.
Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum. Com grandes sinais de poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. E os fiéis eram estimados por todos. Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas, vendiam-nas, levavam o dinheiro, e o colocavam aos pés dos apóstolos.

Depois, era distribuído conforme a necessidade de cada um.

José, chamado pelos apóstolos de Barnabé, que significa filho da consolação, levita e natural de Chipre, possuía um campo. Vendeu e foi depositar o dinheiro aos pés dos apóstolos.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus!
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Imagem: Internet

01/02/2019

IFAP- Chamada a viver a profecia hoje


Como dizia o poeta amazonense, Thiago de Melo “ faz escuro mais eu canto”, nós Irmãs Franciscanas do Apostolado Paroquial (IFAP), inseridas em vários contextos e como toda gente, também buscamos uma luz para iluminar os passos nos caminhos, desejamos cantar um canto novo, mesmo que as incertezas e desesperanças insistam em ser nossas companhias nestes tempos sombrios. Mesmo que faça “escuro”, nós nos desafiamos a entoar a canção da profecia, da esperança teimosa e do encanto pelo chamado que Deus nos faz no cotidiano.
Foi assim, que durante os dias 25 à 30 de janeiro, nos reunimos na Casa de Encontros Irmã Jandira Bettoni, para participarmos da 45ª Assembleia Geral Ordinária, com entusiasmo e abertas as propostas que a vida na sua dinâmica vai nos apresentando.
Nossa assembleia teve a participação de 35 irmãs, e o facilitador do tema “IFAP-chamada a ser profetiza hoje”, foi o irmão Franciscano Capuchinho, frei Rubens Nunes da Mota. Durante os cinco dias de encontro, vários momentos foram marcantes para cada uma de nós, as celebrações eucarísticas motivadas por nosso irmão, padre Hermes Tonini, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, e pelo Bispo diocesano Dom Guilherme Werlang, a quem agradecemos imenso, pela sintonia e presença motivadora.
Também tivemos a graça de celebrarmos 50 anos de vida consagrada, da irmã Deonilda Maria Toneta e a renovação dos Votos de pobreza, castidade e obediência, da irmã Fabila Ferron. Para todas nós IFAP, estes momentos renovam a nossa vocação e fortalecem nossa vida em missão. Além destes motivos, durante a nossa assembleia, várias reflexões e diálogos a partir do tema e do nosso carisma nos ajudaram a repensar nossas frentes de atuação e dar passos, principalmente na elaboração de um projeto para o Serviço de Animação Vocacional (SAV). Para isso, contamos com a disponibilidade e o compromisso de cada irmã e comunidade, onde estamos. “A vocação é um chamado de Deus, que precisa ser cuidado e motivado. E as respostas vão ser dadas conforme o caminhar de cada pessoa”, nos dizia frei Rubens.
E para darmos respostas é preciso nos questionar todos os dias. Qual é minha missão neste mundo? Não somos convidadas a assumir nossa missão como uma obrigação, um sacrifício, mas como uma escolha livre, um serviço alegre e gratuito que oferecemos ao próximo e ao universo. Assim, tornamos visível o rosto amável de Deus.
Também tivemos a graça de poder ouvir algumas partilhas bonitas das nossas experiências missionárias, aonde cada irmã atua, seja nos serviços internos da congregação, seja no  atendimento personalizado e voluntário realizado em alguns  bairros, no apoio junto aos grupos e movimentos populares, principalmente as mulheres camponesas; o serviço junto as pastorais sociais diocesana, a Cáritas; a presença intercongregacional além-fronteira, junto com as Irmãs Catequistas Franciscanas, em Luanda-Angola- África; os vários anos de serviço das irmãs no Asilo Santa Isabel em Vacaria-RS; os mais de 30 anos de presença na paróquia Nossa Senhora da Penha, em Alta Floresta D `Oeste-Rondônia; a acolhida de acompanhantes de quem vem fazer tratamento de saúde, as visitas as famílias, visitas as vocacionadas e participação ativa nas pastorais e outros serviços em nível paroquial, diocesano e Regional (Noroeste) e não só. Pois nossas maneiras de ser presença junto ao povo são diversas e isso enriquece.
Com todos esses sinais da amorosa presença de Deus e com o compromisso de continuar reanimando cada dia nossa vocação profética, queremos com cada uma e cada um, aprender a dar respostas aos apelos do nosso tempo. Que Santa Clara e São Francisco guiem nossos passos. Nossa Senhora dos Prazeres nos abençoe, para que sejamos fiéis a vocação do cuidado com a vida.

                                    Um abraço de paz e bem


                   Irmãs Franciscanas do Apostolado Paroquial


01/06/2018

CURSO CESEEP

Participei nos dias 01 a 19 de maio de 2018, do Curso Latino Americano para Militantes Cristãs (o) Com o tema:  DECOLONIZAR A AMÉRICA LATINA: UTUPIA PISSÍVEL, TAREFA URGENTE.

Iniciamos o curso com dinâmicas de integração da língua portuguesa e espanhola com Irmã Dirce. Seguimos com partilha das práticas com a coordenadora do curso Nilda. No dia 03 frei Carlos Josaphaf nos falou sobre a DESCOLONIZAÇÃO NO BRASIL a partir da prática de padre Lascasa e seu amor pelos povos indígenas e já em sua época o cuidado com a natureza.  Josaphaf afirma que os colonizadores exploram a américa, mas não amaram os americanos, Lascasa tinha amor pelos americanos, pelas riquezas naturais e de modo muito especial pelos índios. Dia 04 Nilda e Lurdinha coordenaram a oficina de Educação Popular: DECOLONIZAR O SABER, em mutirão escrevemos a conjuntura política e social na linha do tempo com os acontecimentos e consequências. Momento riquíssimo de troca de saberes entre experiências vividas e experiências intelectuais compreendidas e incorporadas pela historia estudada. Ainda no ida 04 Wagner Sanches nos falou sobre o ECUMENISMO e começa afirmando que do ponto de vista Cristão a diversidade é resultado da criatividade humana e da manifestação de Deus. É preciso ver a diversidade como um valo, uma riqueza, como uma necessidade para vivermos juntos e juntas. Ecumenismo é uma atitude de respeito e de amorosidade com a religião do outro da outra. Três regras para o macro ecumenismo: colocar-se em atitude de escuta compreensiva, evitar expressões ou símbolos religiosos que possam ferir, saber distinguir discordância de preconceito.  No dia 05 tivemos o privilégio de ir a FEIRA NACIONAL DO MST, no Parque Pedras Brancas em São Paulo.  Dia 06 Beozzo nos apresentou FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA DESCOLONIZAÇÃO DA AMÉRICA, Caribe é África, fizemos uma longa viagem imaginário pela América Caribe e África e faz a afirmação: Do ponto de vista geográfico também podemos mudar o olhar. Nosso olhar geográfico é um olhar colonizado (apresenta o mapa da África virado), colonizar nunca é um processo natural. Dias 07 e 08 Vitor Souza nos falou da DECOLONIDADE NA PERSPECTIVA AFRICANA. No Brasil usamos o termo escravo normatizando a escravidão se usássemos o termo escravizado teríamos um questionamento. O ser humano quando vivido em condição de escravo tende não permitir que seus filhos e filhas vejam ele sendo escravizado. Para isso usa-se o corpo como recurso estratégico para mostrar a vida e a cultura antes da escravidão (as roupas, as danças, a religião, culinária tec.) Vitor nos falou da alegria do povo africano, de sua arte, seus filmes, cinemas, musicas, escritores, enfim de todo um talento cultural que o mundo não mostra. Dia 09 com Cremildo fomos vistas a UNIÃO POPULAR DE MULHERES na vila jardim Macedônia, tivemos a oportunidade de conhecer um belíssimo trabalho realizado com mulheres em situação de risco. Um grupo de mulheres feministas realizam esse trabalho em quatros oficinas: banco comunitário, casa de acolhida a mulheres em situação de risco, costura e moda e centro de convivência para idosas. Dias 10 e 11 Sonia Coelho nos falou de GÊNERO: DESCOLONIZAR O CORPO, Sonia começa dizendo que todo saber reconhecido oficialmente é homocêntrico que parte da experiência e conhecimento do homem. Fomos convidadas a em grupos desenhar o corpo do home e o corpo da mulher e dizer o que a sociedade espera de cada corpo.
 

07/05/2018

Agora, é a hora!

Quer fazer parte da desta família? Então; o que significa ser: Irmãs Franciscanas do Apostolado Paroquial?

ü  IRMÃS: ser irmã remete ao compromisso de construir relações inclusivas entre as pessoas e com toda criação.

ü  FRANCISCANA.  Implica em seguir as pegadas deixadas por Francisco e Clara de Assis. Ser Franciscana - Francisclariana, é trilhar esse caminho, é misturar corpos, vidas, suor e sangue com as pessoas empobrecidas e excluídas em todas as esferas. É dizer NÃO ao projeto de morte e anunciar o ressuscitado no cotidiano

ü  APOSTOLADO. Apóstolo, palavra grega que significa ”enviado”. Apóstola, apóstolo, portanto, significa testemunhar que Jesus Ressuscitou e está no meio de nós e anunciar Jesus de Nazaré. Animar a esperança dos pobres. Crer em outro mundo possível.

ü  PAROQUIAL: esta palavra identifica o espaço de nossa Missão. Paróquia vem da palavra grega: “PAR”! = outra, e” OIKOI” = casa. Portanto, paroquial aponta para a construção de “outra casa possível”.

Ser, Irmãs Franciscanas do Apostolado! É cuidar da vida, que está sendo ameaçada, especialmente junto às organizações e movimentos sociais, lá onde mais precisar. É viver o compromisso profético do batismo e a opção de S. Francisco e S. Clara de Assis, construindo novas relações e acreditando que, “outro mundo é possível”. 
Ser Religiosa, é sonhar o sonho de Deus.


20/03/2018

VEM CHEGANDO O FAMA


                                                      Irmã Água, fonte de Vida!

Mas o que é isso afinal? FAMA = Fórum Alternativo Mundial da Água. Sim, porque ÁGUA é um DIREITO humano e não mercadoria. E ousamos ir mais além, água é um Bem, um direito dos povos, um patrimônio da humanidade toda.
O ilegítimo golpista governo do Michel Temer, abriu as portas para que as grandes corporações do mundo venham aqui no Brasil realizar o chamado Fórum Mundial da Água, com o objetivo único e exclusivo de tratar a questão da água como uma mercadoria rentável, lucrativa para poucos. De 17 a 22 de março, Brasília sediará tal evento.
Dia 22 de março, DIA MUNDIAL DA ÁGUA. Por isso, mais de vinte entidades sociais, movimentos populares e sindicais, igrejas e organizações parceiras decidem realizar um Fórum Alternativo Mundial da Água = FAMA.  Por compreender que a água é nossa irmã, direito essencial para a vida das pessoas e do planeta, que todo ser vivo necessita dela para continuar vivendo, e também por não reconhecer a legitimidade deste fórum, porque ele é realizado num contexto de autoritarismo, pois vale pura e simplesmente o desenvolvimento econômico. Para afirmar o contrário é que será realizado o FAMA. Enquanto governos, manipulam os povos com um bonito discurso em relação a água, sabemos que o interesse é apenas o lucro para si e os seus. Sim, na agenda do fórum governamental está a venda, serão privatizados os nossos recursos hídricos, da água, e de muitos outros bens naturais como o petróleo, os minérios, a energia e tudo o que ainda existe neste planeta.
Eis porque o FAMA é um fórum paralelo que se realiza, nos mesmos dias e local. Para fazer o debate, construir alternativas e ampliar a resistência, na defesa pública, no controle social da água como um bem inegociável. Água é direito democrático. Portanto, jamais pode ser privatizada, entregue nas mãos de alguns ricos especuladores. Estes querem continuar acumulando riquezas às custas da sede e fome dos povos. Será um grande momento para as trabalhadoras e trabalhadores das cidades e do campo, se fortalecerem enquanto sujeitos da reconstrução da democracia, tomada de assalto pelo golpe de 2016. Certamente fortalecerá o compromisso comum de também ampliar a luta por todos os demais direitos tais como:  o fim da violência, da exclusão, fim da morte dos povos indígenas, de mulheres, de juventude negra das favelas. Queremos sim ter o direito de produzir alimentos saudáveis e que todas as pessoas tenham acesso a ele. A conquista de saneamento público, de energia em todas as casas com preço justo, de condições de vida e trabalho dignas de um ser humano, a liberdade de ir e vir, de dizer o que pensa, da garantia da   previdência pública com o direito a aposentadoria, o direito a cuidar da saúde pelo SUS, bem como do fim da intervenção militar. Liberdade e Democracia Já!
Por fim, a nós cristãs e cristãos cabe ainda a tarefa de acompanhar de perto em seu município como estão sendo tratadas todas estas questões. Este ano de 2018, exige que ninguém se omita de participar das pastorais sociais, dos movimentos sociais populares, das organizações sindicais, da luta pelos direitos humanos, da comunidade de fé e vida. Por aí passa a energia, a força e se renovam as esperanças. Um mundo justo e solidário começa por cada uma e cada um de nós. A paz só é possível se houver justiça. E a justiça se faz com o respeito aos direitos dos povos. Una-se a nós nesta Missão comum. Coloque suas mãos, pés e coração em ação. Amanhã poderá ser tarde demais. 
Saudações de Paz e Bem! 
 Ir. Irdes Lúcia Guadagnin - IFAP


19/03/2018

MARÇO UM MÊS MANCHADO DE SANGUE


PAZ E BEM! 
“Companheira me ajude, eu não posso andar só. Eu sozinha ando bem, mas com você é bem melhor”. 
Há pouco mais de um ano, desabou sobre nós povo brasileiro a violência do golpe jurídico midiático. De início as pessoas que bateram panelas pedindo o for Dilma estavam realizadas, felizes. Porém, aos poucos vão se dando conta que forma usadas como massa de manobra para atender os interesses do capital transnacional, que quer apenas acumular mais e mais lucro. A vida para estes detentores do poder domínio nada vale. Mas para nós Mulheres geradoras de vidas, nada que possa se igualar ao valor de Viver com dignidade.
Pois bem, chegou novamente 08 de março, dia Internacional da Mulher. Por todo Brasil, ecoaram vozes, gritos, palavras de ordem, manifestações as mais diversas, pedindo o fim das violências contra o planeta, as pessoas e especialmente contra a Mulher. A pergunta que incomoda é: qual foi mesmo a ressonância disso tudo? Você tem a liberdade e o direito de observar e tirar suas constatações. Mas a nossa é muito óbvia. Em lugar de ver passos sendo dados para superar todas as formas de violência, estamos cada dia mais estarrecidas com tudo o que ouvimos, vemos e assistimos. Espancamentos a moradores de rua, bombas de gás e cassetete aos professores em greve que reivindicam seus direitos, aviões derramando agrotóxicos sobre as trabalhadoras da terra acampadas, destruição brutal acabando com tudo em acampamentos, balas perdidas matando crianças inocentes, privatizações de tudo, inclusive da água, enfim a lista é grande ainda.
Mas o que mais explicita a crueldades da elite, com seu poder do atraso, foi a morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson no Rio de Janeiro, no último dia 15.  Tiros certeiros e direcionados, com balas que deveriam ser de uso exclusivo da polícia. E aí: Quem mesmo matou Marielle? Quem ganha com isso? Querem nos silenciar. Querem silenciar a voz das mulheres negras, que denunciam as violências. Querem por fim tornar a morte assassina em coisa banal. Por isso, tem monstros comemorando a morte nestes moldes. Aqui lembramos que em 2015, o Papa Francisco já afirmou: “ Quando você comemora a morte de alguém, o primeiro que morreu foi você mesmo”. Que assim seja. Quando uma desembargadora se manifesta fazendo calunias difamatórias à vítima Marielle, do tipo: ‘defendia bandidos”, pergunte-se. Quem mesmo defende bandidos neste contexto de golpe? Quem mesmo são os bandidos?  Não serão estes que tentam matar a honra da vítima, para assim poderem destruir o impacto das ações de Marielle? E mais: As pessoas que se manifestam e repudiam, criticam e condenam a defesa dos direitos humanos, será que tem ao menos um fio de humano? Existe nestes sujeitos algo parecido com humano?
Por hoje, fica o convite a estas reflexões, que consideramos pertinentes o bastante, para a continuidade da defesa e dignidade, dos direitos à vida. Vamos então, “fortalecer a luta em defesa da vida todos os dias”, como protagonizam as Mulheres Camponesas do MMC. Vamos reaprender que só unidas e organizadas, poderemos vencer o dragão da morte chamado Capitalismo que tem sede de sangue. Cantemos “Virá o dia em que todas, ao levantar a vista, veremos nesta terra, reinar a liberdade... Ninguém pode prender um sonho, impedir alguém de sonhar ”. Sonhar e lutar nos move a capilarizar energias e coragem para vencermos o dragão.   
Ir. Irdes Lúcia Guadagnin -  IFAP

17/03/2018

Pronunciamento da CRB - Ao Bispo Dom Guilherme


   Dom Guilherme Antônio Werlang! Seja, bem-vindo!
  
É hoje, o grande dia, tão esperado! Muitas expectativas..!    Claro, nós não esperávamos um Rei forte e dominador! Mas um homem de testemunho, de fé, profeta, amigo, que dialoga, irmão, companheiro e com entusiasmo.
   É com alegria, que nós religiosas e religiosos, desta diocese de Lages; vos acolhemos; Somos em quatorze (14) congregações: Doze (12) femininas e duas (2) masculinas; Somos noventa e cinco religiosas (95) e dezessete (17) padres e freis.
   Neste ano do laicato, que tem como objetivo geral: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”. Nós comunidades, jovens, homens e mulheres, acolhemos com muito carinho! 
   Estamos ansiosos e ansiosas, porém contentes! Sinta-se, em casa e nós religiosas e religiosos   queremos continuar cooperando, queremos contribuir, ajudar, somar, partilhar, conforme nossas funções, atribuições, organizações e carisma de cada instituição.
   Deus é o caminho; Ele é a estrada! O chão, a terra que seus pés devem pisar é terra do CARÚ, terra fértil, um povo acolhedor e amado; somos povo Serrano; povo simples, acolhedor, sincero, perseverantes, teimosos e comprometidos e por vezes, precisamos de ser guiadas e guiados, necessitamos de apoio, incentivo e sua presença é determinante.
   Dom Guilherme Antônio Werlang; temos certeza que será um bom Pastor que ama, conhece, cuida, valoriza, corrige e vai ao encontro de muitas ovelhas   doentes, desgarradas, machucadas, isoladas, empobrecidas excluídas da igreja, da comunidade e da sociedade.
Dom Guilherme Antônio Werlang, que Deus o ilumine e fortaleça em sua missão, lhe de o discernimento necessário para tomar as decisões certas e nas horas certas.
   Que o Espirito Santo, os conduza, que tenha carinho com as crianças, atenção para com os jovens, o cuidado com as famílias, gratidão para com os idosos, palavras encorajadoras aos Religiosos e Religiosas, os padres e diáconos e todos os leigos e leigas comprometidas e comprometidos nas pastorais, movimentos, na evangelização, na sociedade e no mundo da política. 
   Dom Guilherme Antônio Werlang; nossas casas é sua casa, nossas congregações são suas congregações e saiba-se, que sempre estamos chegando e sempre estamos recomeçando.
   Na vida há muitas estradas, porém, o verdadeiro caminho se faz ao caminhar! Que nossa senhora dos Prazeres abençoe sua nova missão nesta Diocese de Lages; Assim seja!
Ir. Ivonete Aparecida Paes.
Núcleo da CRB da Diocese de Lages

14/03/2018

Missão da Juventude – CARÚ!


   
  Nos dias 10 e 11 de março de 2018; aconteceu na comunidade Santo Antônio - Bela Vista a 2ª missão popular da Pastoral da Juventude Paroquial, da paróquia São Pedro Apostolo. Com o tema: Juventude na arte de servir e amar. Tivemos a presença de jovens das seguintes comunidades: Cachoeira, Faxinal; Bela Vista: São Roque; Ermida; Ponte Canoas; Corredeira; Campina Dorgelo; Rincão dos Muniz; Toca da Onça; Salto dos Marianos e São Pedro Apostolo - Matriz. No período da manhã de Sábado, os assessores da missão, foram os jovens: Daniel Junior e Victor Moraes, que nos ajudaram a refletir, se inteirar e ressignificar o tema em nossa vida.  No período da tarde, visitamos 97 famílias das comunidades Bela Vista e São Roque e finalizando o dia com a celebração da palavra conduzida pela própria juventude.
No domingo continuamos nossa programação com o estudo do documento 105 - Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, conduzida pela Ir. Fabila Ferron, que contextualizou e nos  conduziu para trabalhos em grupo, com a metodologia de ver, julgar e agir, e logo após a socialização, onde houve boas reflexões e compromissos assumidos que foi: Continuar a missão, acolher-diversidade, Seminários nas comunidades; Descentralizar- ir ao encontro- comunidades, se envolver mais na política - sadia; Fazer visitas aos: Asilos, presídios, orfanatos... Enfim; finalizamos nossa grande missão com a Celebração Eucarística, onde contamos com várias famílias de outras comunidades vizinhas.
 A nós coordenação da pastoral da juventude, só nos resta agradecer a Jesus de Nazaré, por mais essa experiência vivenciada, no meio deste povo tão amado e acolhedor. Obrigada, a todas as pessoas que de uma forma ou outra se envolveram na missão. Obrigada pela partilha de cada e agradecemos, a todos os conselhos de nossas comunidades, que motivaram o jovem a participar. Que o Deus da vida, por intercessão de São Pedro e Nossa Senhora Aparecida, nos continue a abençoar hoje e sempre.