Como dizia o poeta
amazonense, Thiago de Melo “ faz escuro mais eu canto”, nós Irmãs Franciscanas
do Apostolado Paroquial (IFAP), inseridas em vários contextos e como toda
gente, também buscamos uma luz para iluminar os passos nos caminhos, desejamos
cantar um canto novo, mesmo que as incertezas e desesperanças insistam em ser
nossas companhias nestes tempos sombrios. Mesmo que faça “escuro”, nós nos desafiamos
a entoar a canção da profecia, da esperança teimosa e do encanto pelo chamado
que Deus nos faz no cotidiano.
Foi
assim, que durante os dias 25 à 30 de janeiro, nos reunimos na Casa de Encontros
Irmã Jandira Bettoni, para participarmos da 45ª Assembleia Geral Ordinária, com
entusiasmo e abertas as propostas que a vida na sua dinâmica vai nos
apresentando.
Nossa
assembleia teve a participação de 35 irmãs, e o facilitador do tema “IFAP-chamada
a ser profetiza hoje”, foi o irmão Franciscano Capuchinho, frei Rubens Nunes da
Mota. Durante os cinco dias de encontro, vários momentos foram marcantes para
cada uma de nós, as celebrações eucarísticas motivadas por nosso irmão, padre
Hermes Tonini, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, e pelo Bispo diocesano Dom
Guilherme Werlang, a quem agradecemos imenso, pela sintonia e presença
motivadora.
Também
tivemos a graça de celebrarmos 50 anos de vida consagrada, da irmã Deonilda
Maria Toneta e a renovação dos Votos de pobreza, castidade e obediência, da
irmã Fabila Ferron. Para todas nós IFAP, estes momentos renovam a nossa vocação
e fortalecem nossa vida em missão. Além destes motivos, durante a nossa
assembleia, várias reflexões e diálogos a partir do tema e do nosso carisma nos
ajudaram a repensar nossas frentes de atuação e dar passos, principalmente na
elaboração de um projeto para o Serviço de Animação Vocacional (SAV). Para
isso, contamos com a disponibilidade e o compromisso de cada irmã e comunidade,
onde estamos. “A vocação é um chamado de Deus, que precisa ser cuidado e
motivado. E as respostas vão ser dadas conforme o caminhar de cada pessoa”, nos
dizia frei Rubens.
E
para darmos respostas é preciso nos questionar todos os dias. Qual é minha
missão neste mundo? Não somos convidadas a assumir nossa missão como uma obrigação,
um sacrifício, mas como uma escolha livre, um serviço alegre e gratuito que
oferecemos ao próximo e ao universo. Assim, tornamos visível o rosto amável de
Deus.
Também
tivemos a graça de poder ouvir algumas partilhas bonitas das nossas
experiências missionárias, aonde cada irmã atua, seja nos serviços internos da
congregação, seja no atendimento
personalizado e voluntário realizado em alguns
bairros, no apoio junto aos grupos e movimentos populares,
principalmente as mulheres camponesas; o serviço junto as pastorais sociais
diocesana, a Cáritas; a presença intercongregacional além-fronteira, junto com
as Irmãs Catequistas Franciscanas, em Luanda-Angola- África; os vários anos de
serviço das irmãs no Asilo Santa Isabel em Vacaria-RS; os mais de 30 anos de
presença na paróquia Nossa Senhora da Penha, em Alta Floresta D
`Oeste-Rondônia; a acolhida de acompanhantes de quem vem fazer tratamento de
saúde, as visitas as famílias, visitas as vocacionadas e participação ativa nas
pastorais e outros serviços em nível paroquial, diocesano e Regional (Noroeste)
e não só. Pois nossas maneiras de ser presença junto ao povo são diversas e
isso enriquece.
Com
todos esses sinais da amorosa presença de Deus e com o compromisso de continuar
reanimando cada dia nossa vocação profética, queremos com cada uma e cada um,
aprender a dar respostas aos apelos do nosso tempo. Que Santa Clara e São
Francisco guiem nossos passos. Nossa Senhora dos Prazeres nos abençoe, para que
sejamos fiéis a vocação do cuidado com a vida.
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