27/11/2016

Ceder lugar para a nova geração

A necessidade de sempre renovar e ampliar
Na luta social, pedra que não para, não cria limo e cobra que não anda, não engole sapo. É preciso ser consistente, senão morre; é preciso crescer, senão morre também. Zelar pela continuidade de uma experiência é tarefa de cada geração. Mas, respostas que foram necessárias e indispensáveis em um tempo, podem virar atrapalho, no presente. Por isso, é preciso ceder lugar às novas gerações.
1. Ceder não é a bondade de alguém que dá uma colher de chá para a geração seguinte. Nem é cansaço ou desilusão diante da história. Ceder é reconhecer uma exigência da vida. Orgulhar-se de sua contribuição é cuidar da continuidade dessa causa, por confiar no seu vigor e na sua capacidade de repostas adequadas a esse tempo sempre novo.
2. Parecia vantagem repetir: não tive tempo de ficar velho. Até o dia em que uma jovem elegante lhe ofereceu o assento, no ônibus urbano. Só então, notou que o tempo tinha passado. Para piorar, ainda disse: não precisa! Era o sinal da caduquice que “só Carolina não via”. Consciente ou não, há por detrás um desejo de eternizar a própria contribuição.
3. Não ter tempo de envelhecer pode ser uma grande entrega, a ponto de não se preocupar consigo mesmo, ou pode significar descuido irresponsável com o futuro de uma grande iniciativa. Quando a procura reafirma que o show deve continuar porque essa criação é relevante, é preciso preparar gente nova, capaz de seguir tocando em frente.
4. Ceder ao novo é também pensar em si mesmo. Pois, só noutro lugar e noutro ritmo, velhos educadores farão coisas novas e criativas. Se sobra vontade e astúcia, lhes falta agilidade física e mental. Sua miopia só vê perto, e os leva a repetição e uso da autoridade; já não sabem, nem guardam a paciência para respostas significativas, hoje.

A Hora de “Pendurar a Chuteira”

“Se muito vale o já feito, mais vale o que será” (M. Nascimenrto)
1. Falou-se muito do goleiro Marcos que resolveu aposentar-se, depois de muitos anos, no time do Palmeiras. Ele que resume, na sua figura e postura, a mística do “Verdão”, não teve coragem de anunciar sua saída porque a decisão, de ficar ou sair, lhe era igualmente dura. Para permanecer teria que suportar as dores, contidas por medicamentos, e conviver com a disputa desigual entre a vontade que comanda e o corpo que já não obedece, na mesma presteza. Já, deixar de jogar, significa o início da invisibilidade de quem sai do foco, o fim do prazer de jogar, o vazio da convivência com os colegas, o carinho dos fás, o rebaixamento salarial e o desafio de pensar no que fazer, a seguir.

2. Em todos os campos, é sempre difícil entender e admitir a hora exata de sair. Não pode ser antes, para não parecer abandono, arrefecimento da paixão...; não pode ser depois porque, então, sua contribuição já seria dispensável, ou até um obstáculo. Os bons conselhos dizem que se deve sair “em alta”, em momento produtivo. E que todo o segredo reside no equilíbrio entre pressa e lentidão, percepções aparentemente contraditórias. Em toda decisão tem algo como um “salto no escuro”. Fidelidade à causa e o senso de responsabilidade podem ser a bússola para discernir, ou vislumbrar, a hora de sair de cena e permitir que outros cresçam, no interesse da equipe, do grupo, do povo.
3. No permanente jogo pela dignidade humana, a militância não tem hora de “pendurar a chuteira”. Porque essa paixão é uma entrega, até ao extremo, para a construção de uma nova ordem social. Se não se pode mudar de luta, se pode e se deve, mudar de esquina, de ritmo. Quando uma árvore cresce muito e se enraíza, ainda que não pretenda, impede que novas floresçam, à sua volta. Além disso, o tempo traz a tentação da perpetuação das formas de ver e de atuar, até como maneira de dissimular a insegurança, a caduquice e a natural “fadiga de material”. Sem falar na fantasia, nada
humilde, das experiências absolutizadas ou das pessoas “insubstituíveis” que ao continuar, atrasam.

08/11/2016

MST pede por mais Reforma Agrária e pelo fim da criminalização do Movimento

Nesta sexta-feira (4), o MST amanheceu sobre os holofotes da criminalização. Uma ação truculenta da polícia, batizada de “Castra”, envolveu três estados, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, e teve como principal objetivo prender e criminalizar as lideranças dos Acampamentos Dom Tomás Balduíno e Herdeiros da Luta pela Terra, militantes assentados da região central do Paraná.
Em nota, o MST denuncia a “escalada da repressão contra a luta pela terra, onde predominam os interesses do agronegócio associado a violência do Estado de Exceção”.
“Lembramos que sempre atuamos de forma organizada e pacifica para que a Reforma Agrária avance. Reivindicamos que a terra cumpra a sua função social e que seja destinada para o assentamento das 10 mil famílias acampadas no Paraná”, afirma trecho da nota.
Em São Paulo, 10 viaturas da polícia civil invadiu a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, São Paulo. Dois militantes foram detidos nessa ação.

06/11/2016

SAV

No dia cinco de novembro, na comunidade de São Judas, se encontra as irmãs do SAV e a jovem Isabele de Celso Ramos; Onde foi um momento de encontro, partilha e reflexão, tendo como pano de fundo o texto bíblico, do livro de  Mt 13, 1-9, que nos fala da parábola do semeador sendo interligado com a  dinâmica da encruzilhada, e finalizamos nosso dia com o filme a árvore de marcação e alguns encaminhamentos para 2017.
Gratas as irmãs, da comunidade que nos acolheram e nos disponibilizaram o espaço para esta vivencia.

Que o Deus da vida, por intermédio de São Francisco e Santa Clara, os ilumine a caminhada de cada uma!